A idéia da construção de Chandigarh foi concebida logo após a independência da Índia, em 1947, quando a perda de sua histórica capital, Lahore, mutilou o estado de Punjab. Fez-se necessária, a criação de uma nova cidade para abrigar os inúmeros refugiados e para fornecer uma sede administrativa para o recém-constituído governo de Punjab. Em 1951 iniciaram-se as obras da primeira fase, que, em sua maioria, foi concluída em 1965. Chandigarh foi modelada como uma cidade de prestígio, como um ideal estético, e, acima de tudo, como uma utopia social. No processo, tornou-se a primeira cidade pós-colonial na Índia, com o objetivo de fornecer uma infra-estrutura cultural e social, alem de oportunidades iguais para todos. A princípio o projeto seria feito pelo arquiteto Nowicki, todavia Le Corbusier assumiu a responsabilidade após a súbita morte de Nowicki, em 1950. Le Corbusier era o principal conselheiro no planejamento arquitetônico até sua morte, em 1965. Pode-se dizer que o papel mais importante desempenhado por Le Corbusier em Chandigarh foi na concepção moderna da forma urbana da cidade.
As bordas naturais formadas pelos morros e os dois rios na planície levemente inclinada com bosques de árvores de manga são um leito sinuoso em toda a sua extensão. As estradas e linhas ferroviárias existentes foram devidamente levadas em consideração na distribuição das funções, que instituem a hierarquia das estradas, fazendo a ligação das diferentes partes da cidade - como o Capitólio (a ‘cabeça’), o Centro da cidade (“o coração”), a Universidade e a zona industrial (os dois “membros”).
Até hoje ela é considerada uma das cidades mais ricas da Índia com seus aproximados 60 triângulos de 800 a 1200 metros ligados por grandes avenidas. (fonte: blog Villa Savoye - Profª Daniela Alcântara.)